segunda-feira, 10 de julho de 2017

Todos Iguais, Poucos Diferentes - Resenha

TODOS IGUAIS, POUCOS DIFERENTES
Autora: Morais de Carvalho
Idioma: Português de Portugal
Editora: Chiado Editora


Sinopse:
Agora, neste preciso momento, esqueça o que está ao seu redor. Pare e sente-se comigo neste banco de jardim. Observe todas estas pessoas que correm, que sobrevivem, que morrem. Sinta o seu cheiro a desespero, veja a sua luta diária para pertencer à sociedade. Repare agora nos pormenores: a vizinha que me acolhe nos seus braços e me vem dizer um «olá», uma mulher que foge de mim por ter medo de se tornar num ser louco como eu e um gato que se esfrega nas minhas pernas. Venha, sente-se comigo no meu banco de jardim e no final poderá decidir se quer ser afinal como todos os outros, levantar-se e ir a correr atrás de todos nós, à procura de coisa nenhuma, ou se por outro lado prefere sentar-se neste banco e caminhar os seus próprios pensamentos. Sente-se, vou contar-lhe a minha estória, a minha loucura.
Resenha:
Uma obra de fácil leitura, mesmo em Português PT, é de fácil entendimento, narrado em primeira pessoa, contando a história de um homem sem identidade com o qual podemos ou não nos identificar em algumas passagens.
A autora inicia sua obra instigando o leitor a refletir “O que é ser normal?,”, “Sou normal?”, “O que tenho de igual ou diferente das outras pessoas?”. Vivemos numa sociedade onde poucos se preocupam com o bem estar do outro, muitos pensam apenas em si mesmo, seus problemas, sua própria vida. Presos no próprio egoísmo ou será, em sua própria insanidade?
No desenrolar da trama a autora nos apresenta um personagem principal sem nome, que vive só em um apartamento, sem família, sem amigos, sem sonhos e que encontra em Dona Maria um meio de se manter ligado à realidade, a única pessoa com quem se relaciona com carinho.
Em meio ao desespero, a correria do dia a dia, aos seus medos e anseios. Esse personagem procura um significado para tudo que aconteceu na sua vida desde a infância, quando senta no banco do jardim na companhia do gato que se tornou um amigo, ele se perde em pensamentos e devaneios, momentos que marcaram sua existência, principalmente no curto período em que viveu junto com seus pais e todo sofrimento que desencadeou com a separação, o momento em que foi viver longe dos seus familiares mesmo contra sua vontade.
Uma frase martelava em sua mente, sempre que começava a pensar nos acontecimentos de sua vida “TU ÉS ANORMAL”, como falei no inicio a autora trás esse questionamento, o que significa essa palavra e qual o peso que ela pode ter sobre a vida de alguém, como eu ou como você?

A autora trás uma abordagem diferente ao "Eu humano", com a construção de um personagem enigmático e complexo, em uma trama repleta de sentimentos, questionamentos e reflexões.


Só um louco fita a escuridão. Só um cego vê através dela. E lá estava eu a fitá-la...


O livro tem apenas 144 páginas, uma boa diagramação, as páginas são amareladas e super leves (algo que amo nos livros da Chiado).


Morais de Carvalho


Diana é o seu primeiro nome, por ser nome de princesa, segundo sabe. Nasceu na longínqua Moimenta da Beira, onde nada acontece e tudo se transforma em paisagens verdes e vivas. O seu amor por viagens só é ultrapassado pela paixão incondicional por gatos. O destino já a levou até à entrada da Área 51 nos EUA, bem como a um passeio pela fronteira da Faixa de Gaza. Apaixonada por mudanças, o que mais a admira na vida é o facto de não saber o amanhã. O amanhã não é de ninguém.

Para adquirir o livro - Chiado Editora

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